domingo, 19 de dezembro de 2010

The space in between

As pessoas têm uma certa dificuldade em aceitar as diferenças, isto porque a diferença fá-las questionar se são elas que estão correctas ou se são os outros. A percepção de que o nosso comportamento é o que está deslocado é assustadora e, como tal, as pessoas afastam essa opção. A diferença é tema de falatório, de gozo, mas tudo isto é um reflexo da pobreza interior e das inseguranças de cada um. Sim, só alguém que dúvida de si mesmo se importa com o que é diferente.
E eu sou diferente, mas se estão à espera que peça desculpa por isso, mais vale esperarem o Apocalipse. Não, eu não gosto de festas todos os fins-de-semana e sim, eu sinto necessidade de estudar. O que eu não entendo é porque é que as pessoas se sentem tão ameaçadas com o que faço ou deixo de fazer, se vocês é que estão bem, excelente, basta continuarem o que estão a fazer. Todos temos o reverso do que fazemos e pode não ser amanhã nem depois, mas vão perceber que a vida é mais do que a terra onde vivem e que o mundo não gira à volta do que vocês fazem.

Bem, mas ser diferente também é assustador. A aceitação dos outros não deixa de ter importância. E sim procuro-a, mas também procuro não me perder a mim mesma. E, hoje, é disso que se trata não me perder a mim mesma na procura de te agradar, porque te vejo apenas apreciar o que é comum e banal, mas acho triste e revoltante, porque eu não sou assim. Por isso não sejas assim também: a banalidade não é a tua melhor qualidade sweetie.

Um comentário:

  1. Adorei e concordo plenamente.
    Por mais diferentes que sejamos, não podemos mudar apenas porque os outros não gostam.
    Temos que dár importância e acreditar em nós mesmos.

    P.S- Eu cá também não gosto de festas todos os fins de semana.

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